Coletivos e redes locais
Nos campos da cultura e tecnologia, muita movimentação ocorreu no Brasil nos últimos anos. Iniciativas governamentais e não-governamentais louváveis que emergiram visando a inclusão digital, a discussão do impacto das tecnologias ou simplesmente a produção criativa com os meios disponíveis encontraram espaço para se desenvolver e prosperar, não sem esforço, é claro. Não saberia dizer agora detalhes da história de como surgiu cada um desses grupos, coletivos e redes. Sei que a maioria é aberta, se movimenta através de listas de discussão por e-mail, fóruns, wikis, blogs e sites, e que não é nada raro que seus membros estejam espalhados pelos quatro cantos do território nacional.
Durante a gestão de Gilberto Gil como Ministro da Cultura, continuada por Juca Ferreira, no governo Lula, foram criados os Pontos de Cultura, o Fórum de Cultura Digital e o Fórum de Mídia Livre, sendo os Pontos cruciais para o desenvolvimento no campos da cultura / educação / tecnologias em várias localidades, e os dois fóruns sediaram importantes encontros entre essas redes. A continuidade desses programas governamentais encontra-se em uma situação nebulosa agora, com a nomeação de Ana de Hollanda para o Ministério da Cultura, gerando receios diante suas primeiras declarações. Uma carta pública a ser assinada por todos os que concordarem com seu conteúdo foi então produzida [ http://www.cartaaberta.org.br/ ], procurando demonstrar, por meio de texto, vídeos e links, a importância da continuidade das políticas iniciadas nos últimos 8 anos.
Pensando cultura em contextos locais e internacionais, as disputas de ideias e interesses contraditórios quanto à regulamentação das novas tecnologias e algumas questões não solucionadas pelo modelo de produção centrado no consumo, pensei numa proposta simples de intercâmbio e difusão de práticas/ideias.
O que gostaria de propor, aqui no espaço aberto pelo Memefest, é um mapeamento das iniciativas livres com ou sem incentivos do governo, criativas, educacionais e culturais que estão rolando no Brasil. Entendo que está claro que o conceito de comunicação radical inclui iniciativas do tipo: a ideia é buscar grupos ativistas que lidem com criatividade e tecnologia. Sim, já temos nossas próprias redes a nível nacional, mas sei também o poder que têm mostrado os espaços agregadores. E se conseguirmos reunir essas informações em um espaço mais amplo, com visibilidade também de outros países que carregam algumas características em comum, penso ser enriquecedor.
Listarei abaixo algumas redes e coletivos que conheço e que lembro agora. Peço que acrescentem, comentem e discutam a proposta. Dentro de pouco tempo poderemos publicar um post similar a esse em inglês falando sobre nossas iniciativas locais. Tenho certeza que trocas muito boas podem resultar disso :))
http://culturadigital.br/
http://www.forumdemidialivre.org/
http://submidialogia.descentro.org/
http://www.estudiolivre.org/ *
http://www.recombo.art.br/ *
http://www.overmundo.com.br/
http://metareciclagem.org/
http://www.mapasdarede.org.br/mapa/
http://redelabs.org/
http://www.radiomadamesata.org/
http://imotiro.org/
http://www.universidadenomade.org.br/
http://www.revistaglobalbrasil.com.br/
http://www.pontaodaeco.org/
http://www.iteia.org.br/
http://www.trezentos.blog.br/
http://www.radiolivre.org/
* Sites que não estão funcionando. Não sei se os grupos continuam ativos. Alguém saberia?
Comments
13 years, 9 months
13 years, 9 months
mas acho que dificil contabilizar todos.
aqui vai mais um.
O circuito FORA DO EIXO: http://foradoeixo.org.br
Que vem estruturando uma comunidade virtual para trabalhos na área fonográfica, agora se expandindo para área cultural, atingindo 25 estados brasileiros. Possuindo até moeda própria (Os CubosCards) que são aceitos em alguns estabelecimentos comerciais de Cuiabá (cidade de origem).
13 years, 9 months
e que bom te ver por aqui, evee :)
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